segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Eleições para Assembleia da República

A titulo de informação aqui fica os resultados das eleições para a Assembleia da Republica, na Freguesia da Comenda.

Partido Socialista - 278
Coligação Democrática Unitária - 103
partido social Democrata - 94
Bloco de Esquerda - 60
Partido Popular - 28
Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses - 19
Frente Ecologia e Humanismo - 3
Partido Nacional Renovador - 3
Movimento Esperança Portugal - 2
Votos Brancos - 2
Votos Nulos - 6

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE AS ORIGENS HISTÓRICAS DA COMENDA E SUA EVOLUÇÃO POPULACIONAL, ATÉ 1960






A Comenda, que é uma das mais importantes freguesias do concelho de Gavião, é, por vezes, também designada pelos nomes extra-oficiais de Castelo da Comenda e de Castelo ou do ainda oficial, mas já pouco usual nome de Castelo Cernado. Todos estes topónimos deixam supor que a povoação foi, outrora, defendida por uma fortaleza. Ora, não existindo nos limites actuais da nossa aldeia o mínimo vestígio de muralhas, temos de pensar, logicamente, que se castelo houve aqui para defender um qualquer aglomerado populacional, decerto se edificou fora do perímetro do burgo dos nossos dias.
A propósito da existência da misteriosa fortaleza, diz-nos o «Roteiro dos Monumentos Militares Portugueses» o seguinte : «No cimo do outeiro, cota 249 m, em que está edificada a antiga povoação de Castelo Cernado, situada a 3 km da margem esquerda da ribeira de Cabeça Cimeira, na povoação de Comenda, a 4,2 km da sua confluência com a ribeira de Braça e a 14,5 km a sudeste da vila de Gavião, encontram-se ainda ligeiros vestígios duma fortaleza. Tendo-se em atenção a sua situação e natureza, a evolução geológica e a observação antropológica dos seus habitantes, é de presumir que na origem tivesse consistido num castro Lusitano...» e prossegue, «...foi depois tomada e ocupada pelos Vândalos, que remodelariam a defesa Lusitana, mas a nova fortaleza caíu em ruínas durante o domínio dos Mouros. Estando abandonada, teria sido reedificada por D. Sancho I, à volta dos anos de 1184 e doada aos freires do Hospital».
Se aceitarmos como válidas as explicações dadas pela obra acima mencionada, é, portanto, azado emitir a hipótese de que o antigo Castelo Cernado não estaria edificado nos limites da povoação que hoje existe, mas a cerca de 2 km da mesma, nas proximidades da Ribeira da Venda, no local onde subsistem vestígios de construções remotas, mas de época indefinida; salvo no que diz respeito à chamada ponte romana, que ela, é quase certo, fez parte de um complexo rodoviário que passava por Abrantes, Alvega, Gavião, Atalaia, Castelo Cernado, Tolosa, Flor da Rosa, Castelo de Vide e Marvão, ligando –nos recuados tempos da Lusitânia romanizada- Praesidium Julium (a actual Santarém) às regiões orientais do Império.
O enigma de Castelo Cernado parece resumir-se, pois, aos factos que provocaram o seu súbito desaparecimento e à data exacta do mesmo. É provável que isso se tenha verificado em época anterior a 1375, ano da promulgação da famosa Lei das Sesmarias, por D. Fernando I; já que foi, sobretudo a partir dessa histórica data que a necessidade de aproveitar, de maneira racional, os úberos solos da região se fez sentir com maior acuidade. Estando, portanto, a política fernandina e a dos seus imediatos sucessores virada para ocupação efectiva da terra é, nesse caso, impensável que o antigo Castelo Cernado tenha desaparecido em época posterior ao tal ano de 1375.
A localidade deve ter renascido no sítio actual, aquando da vaga de operações de povoamento intensivo que se verificou, com mais vigor, a partir dos fins do século XIV. Castelo Cernado passou a depender, de imediato, da jurisdição de Belver, cujo senado administrava, por essa altura, uma circunscrição territorial que abrangia o almoxarifado de Amieira, Maninhos e o priorado do Crato.
No século XVI, o rei D. Manuel I atribuíu ao povo de Comenda várias regalias, nomeadamente no domínio do aproveitamento quasi-exclusivo de certos baldios, como consta do foral de Belver, datado de 13 de Maio de 1518. O mesmo soberano doou, no ano de 1527, a povoação e terras adjacentes ao Grão-Priorado do Crato. Diz-se no cadastro de doação, que voluntariamente transcrevemos na arcaica língua do tempo, o seguinte : «esta commenda he do priolado do crato e he sufraganha a bellver que tambem he do priolado e he em casaes apartados tem ell Rey noso senhor as sysas e tem o Ifante a jurdyçam e rendas e tem hua freguesia e moradores em casaes apartados – 57. Comfrontação parte o llemyte desta commenda com o termo de myeira ao nordeste e tem de termo pera esta parte mea llegoa e são desta commenda ha myeira duas llegoas; parte com o termo de tolosa ao levante e tem de termo para esta parte mea llegoa e he desta commenda a tolosa hua llegoa; parte com terreno de logomil ao poente e tem llimite pera alla mea llegoa e he desta commenda a logomil hua legoa; parte com ho de gavjão no noroeste e tem de llimite pera esta parte hua llegoa e he desta commenda ao gavjão hua llegoa e mea».
A Comenda tinha, pois, no limiar do segundo quartel do século XVI, como nos revela o precioso documento, apenas 57 habitantes !
A entidade donatária passou a designar a terra, a partir do momento da doação feita pelo Rei Venturoso, pelo nome de Nossa Senhora da Graça da Comenda e concedeu-lhe o título e as prerrogativas de «reitoria da apresentação do Grão-Priorado do Crato».
Em 1757 recenseavam-se, na Comenda, 93 fogos e assinalava-se que a freguesia vertia ao reitor local uma côngrua constituída por 3 moios de trigo, 45 alqueires de centeio, uma pipa de vinho e 1 cântaro e meio de azeite, além de 2 000 réis em dinheiro.
No ano de 1789 a Comenda passou, com os demais bens do Grão-Priorado, para a Casa do Infantado, organização patrimonial surgida no reinado de D. João IV, a fim de dotar com rendimentos próprios o príncipe D. Pedro, filho segundo do Restaurador; filho segundo que acabaria, no entanto, por cingir a coroa de Portugal, em prejuízo do seu desventurado irmão D. Afonso VI. A Casa do Infantado foi extinta em 18 de Março de 1834, no quadro da acção política de Joaquim António de Aguiar, o Mata-Frades, e os seus bens integrados na Fazenda Nacional; que vendeu, depois, em hasta pública, os valores imóveis.
Entretanto, a Comenda continuava a desenvolver-se, pois, em 1874, registava-se na nossa terra a existência de 160 fogos, cujos habitantes continuavam a contribuir para o sustento do pároco da freguesia com a mesma côngrua de 1757. Em 1900 a população era de 992 pessoas, distribuídas por 261 moradias. Em 1920 havia na localidade 1 445 habitantes e, 10 anos mais tarde, estes já eram 1 801, em 449 fogos. O censo de 1960 revelou que a população da freguesia da Comenda subira para 2 011 pessoas, que habitavam 619 fogos, distribuídos pelos seguintes lugares : Carqueijosa, Castelo Cernado, Ferraria, Machoqueira, Outeiro, Polvorão, Polvorosas, Vale da Feiteira, Vale de São João, Vale do Grou, Vale de Junes e herdades de Brito e Gouveia.

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O seu a seu dono. Estas linhas foram elaboradas com base nos estudos efectuados por um comendense (cujo nome ignoramos, infelizmente), que os publicou em «A Voz da Comenda», jornal do período pós-25 de Abril, que teve vida efémera. Se essa pessoa reconhecer o seu trabalho (neste texto bastante modificado), queira identificar-se. E receber os nossos sinceros agradecimentos pelas informações preciosas que nos deixou sobre a génese da nossa aldeia e sobre a sua evolução populacional.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Festas em Honra de Nossa Senhora das Necessidades Comenda -2009 - Balanço

Bem o balanço é positivo já que foi uma festa bem organizada, e com o tempo também a ajudar, com a temperatura sempre a subir ao longo dos dias da festa.
Sexta-Feira o primeiro dia da festa é sempre um dia fraco, mas este ano até havia muita gente no bailarico,foi o dia em que a temperatura esteve mais fresca ao longo da noite,houve tambem a abertura da quermesse.
O dia de Sábado começou com a tradicional feira anual, estava fraquinha com poucas barracas,seguiu-se á tarde a tourada com bastante público a assistir, apesar de estar um calor abrasador,á noite o ponto mais alto da festa foi a actuação das Cotovias, sem exagerar estiveram cerca de duas mil pessoas a assistir ao espectáculo, que foi muito bem conseguido pelas nossas Cotovias,seguiu-se o bailarico até cerca das 3 da manhã.
O Domingo começou de novo com a feira anual, mas agora já com muito mais barracas, e também muita gente a passear,ao mesmo tempo alguns festeiros faziam o peditório pelas ruas da Comenda a pedir o apoio da população, depois de almoço realizou-se a tradicional procissão em honra de Nossa Senhora das Necessidades, debaixo de um calor tremendo centenas de pessoas, muitas delas forasteiras praticaram a sua fé, acompanhando a imagem da Nossa Senhora, dando a volta habitual no Vale do Grou junto á sua igreja.
mais tarde realizou-se mais uma tourada mas desta vez com menos gente que no sábado, mas de qualquer maneira correu tudo bem, já que ninguém se aleijou.
Á noite o bailarico esteve bem animado até cerca das 3 da matina.
Na Segunda-Feira o ultimo dia de festa esteve igualmente bastante calor o que levou a que o tradicional jogo solteiros - casados, só se realizá -se quase á noite, com a temperatura mais baixa, ganharam os solteiros claro já que os casados já lhes pesam as pernas, os numeros pouco importam o que interessa é o convivio.
a ultima noite de bailarico praticamente para o pessoal residente já que os visitantes normalmente abala tudo no Domingo, foi um bailarico bem animado até cerca das 2 da manhã.
E assim terminou mais uma festa com boa animação e boa disposição, e sem incidentes de maior,parabens á ADIC e seus corpos gerentes e todos aqueles que apoiaram, para o ano haverá mais se Deus quiser.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009