segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
OS NOSSOS LIMOEIROS, UMA RIQUEZA DESPREZADA
Não há quintal nem horta da nossa terra que não tenha o seu limoeiro (‘Citrus limon’). Ou vários. Que, por esta época do ano, no coração do Inverno, estão carregados de frutos maduros e sumarentos. Só é pena que os comendenses liguem pouca importância a estes citrinos, muito mais apreciados na Europa do norte; curiosamente em terras onde os limoeiros não medram, por não encontrarem por essas bandas um clima temperado ideal ao seu cultivo.
O limão (cada limão) é, com efeito, uma pequena bomba repleta de vitamina C, uma substância natural indispensável ao nosso equilíbrio vital. Apesar disso, os comendenses -e os portugueses em geral- deixam secar esse precioso fruto nas árvores ou apodrecer no chão, sem se dignarem apanhá-lo. Conhecido, desde a Antiguidade, pelas suas múltiplas virtudes (nomeadamente medicinais), o limão é desdenhado por aqui… Que pena !
Além deste desabafo, vou deixar um conselho (gratuito) aos leitores deste blogue : é possível conservar o ano inteiro o sumo natural de limão. Para tanto, basta espremê-lo para saquinhos de congelação, fechar os ditos e colocá-los num cantinho da arca frigorífica. Depois, no Verão, (época em que esses frutos são mais raros) é só retirá-lo e confeccionar refrescantes e saudáveis sumos ou saborosas infusões. Bebidas que ficam baratas e constituem (sempre) um complemento vitamínico apreciável. E que o nosso organismo agradece. Ainda a propósito das virtudes do limão, ou melhor do seu sumo, voltarei ao assunto para vos contar como, aqui há uns meses atrás, eu dei a volta a um problema de cálculos renais, que diversos medicamentos químicos (elaborados nos sofisticados laboratórios da indústria farmacêutica) não conseguiam resolver. Até lá, passem bem !
Manuel Monteiro Silva
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